
Acompanhado por alguns jovens, que representaram os cinco continentes, e pelo arcebispo da capital espanhola, Cardeal Rouco Varela, o Santo Padre passou pelo Arco Central da Porta de Alcalá, monumento pelo qual, antigamente, os visitantes passavam quando chegavam a Madri. Lá o Pontífice plantou uma muda de Oliveira, como símbolo do tema desta Jornada Mundial da Juventude (JMJ): "Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (cfr Col 2, 7).
Os cavaleiros da Escola Real de Cavalaria fizeram uma apresentação ao Papa, de cavalos de raça andaluza, reverenciando-o por sua visita.

Esta terceira JMJ do pontificado de Bento XVI está sendo a mais calorosa e festiva, a mais “mediterrânea” e colorista. A mensagem do Papa se dirige também neste sentido, ao incentivar, como fez em sua saudação posterior, a que “o nome de Cristo ressoe por todos os cantos desta ilustre cidade”, inclusive “no coração daqueles que não creem ou se afastaram da Igreja”.
De fato, as palavras “felicidade” e “alegria” foram as mais utilizadas pelo Papa ao dirigir-se aos milhares de jovens em inglês, francês, alemão, italiano, português e polonês.

Particularmente, o Papa expressou sua alegria pela presença numerosa de jovens procedentes da Alemanha, aonde se dirigirá no próximo mês de setembro.
Em português, exortou os peregrinos a deixarem que a Palavra de Deus “penetre e crie raízes nos vossos corações, e sobre ela edificai a vossa vida. Firmes na fé, sereis um elo na grande cadeia dos fiéis. Não se pode crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé”.
“A Igreja precisa de vós e vós precisais da Igreja”, acrescentou.
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Desde a manhã desta quinta-feira (08), os jovens ocupavam as ruas nas quatro direções da Praça de Cibeles. Às 17h, todos os espaços estavam lotados e os jovens peregrinos se aglomeravam para tentar ver ao menos um pedaço do papamóvel. Bento XVI, após receber as chaves da cidade de Madrid, cerimônia que se deu na Porta de Alcalá, um dos maiores símbolos representativos de Madrid, passou pelos corredores saudando os jovens, que mantinham suas bandeiras apontadas ao céu.


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"Bem sabeis que, quando não se caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos por outra sendas como a dos nossos próprios impulsos cegos e egoístas, a de propostas lisonjeiras mas interesseiras, enganadoras e volúveis, que atrás de si deixam o vazio e a frustração" - destacou.
“Há palavras que servem apenas para entreter, e passam como o vento; outras instruem, sob alguns aspectos, a mente; as palavras de Jesus, ao invés, têm de chegar ao coração, radicar-se nele e modelar a vida inteira”.
Bento XVI prosseguiu afirmando que “o Mestre que fala não ensina algo que aprendeu de outros, mas o que Ele mesmo é, o único que conhece verdadeiramente o caminho do homem para Deus, pois foi Ele que o abriu para nós, que o criou para podermos alcançar a vida autêntica, a vida que sempre vale a pena viver em todas as circunstâncias e que nem mesmo a morte pode destruir”.
O Evangelho continua explicando estas coisas com a sugestiva imagem de quem constrói sobre a rocha firme, resistente às investidas das adversidades, contrariamente a quem edifica sobre a areia, talvez numa paisagem paradisíaca, poderíamos dizer hoje, mas que se desmorona à primeira rajada de ventos e fica em ruínas.Mas – ressalvou o pontífice – “Edificando-a sobre a rocha firme, a vossa vida será não só segura e estável, mas contribuirá também para projetar a luz de Cristo sobre os vossos coetâneos e sobre toda a humanidade, mostrando uma alternativa válida a tantos que viram a sua vida desmoronar-se, porque os alicerces da sua existência eram inconsistentes: a tantos que se contentam com seguir as correntes da moda, se refugiam no interesse imediato, esquecendo a justiça verdadeira, ou se refugiam em opiniões pessoais em vez de procurar a verdade sem adjetivos”.
Enfim, sugeriu aos jovens: “Sede prudentes e sábios, edificai as vossas vidas sobre o alicerce firme que é Cristo. Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos fará tremer e, em vosso coração, reinará a paz. Então sereis bem-aventurados, ditosos, e a vossa alegria contagiará os outros. Perguntar-se-ão qual seja o segredo da vossa vida e descobrirão que a rocha que sustenta todo o edifício e sobre a qual assenta toda a vossa existência é a própria pessoa de Cristo, vosso amigo, irmão e Senhor, o Filho de Deus feito homem, que dá consistência a todo o universo. Ele morreu por nós e ressuscitou para que tivéssemos vida, e agora, junto do trono do Pai, continua vivo e próximo a todos os homens, velando continuamente com amor por cada um de nós.
O peregrino alemão, Toby Billon, espera, com a chegada do papa, muita amizade, divertir-se e celebrar a paz com todos os jovens na Espanha. Padre Simon Wilson, de Curaçao, pensa que a chegada do papa enche a Espanha de esperança e contagia a todos os corações com a mensagem do Evangelho. Para ele, “a JMJ é uma festa muito bonita que ganha mais sentido na presença do Pontífice”. Já Sara Guerreiro, de Portugal, espera melhorar sua fé, e o que mais a impressiona é a força que a Igreja tem de reunir tantas pessoas em torno de uma só causa. “Eu não esperava tanta união, e nem ver tanta gente que professa a mesma fé que eu”, afirma.
Após a homilia de Bento XVI, jovens fizeram algumas intenções em francês, suaili, espanhol, árabe e italiano e o papa encerrou o encontro com a sua benção.
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