domingo, 4 de setembro de 2011

Dioceses de SP preparam acolhida da cruz da JMJ

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (31), a presidência do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as dioceses do Estado de São Paulo, falou sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada em Madri, Espanha, entre os dias 16 e 21 de agosto, e sobre a preparação da próxima JMJ, em 2013, no Rio de Janeiro, evento que já começa com a  acolhida da cruz e do ícone de Nossa Senhora, no dia 18 de setembro, em São Paulo.

O presidente do Sul 1, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, o vice-presidente, dom Moacir Silva, bispo de São José dos Campos, e o secretário geral, dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar de São Paulo, falaram aos jornalistas sobre a organização da peregrinação dos símbolos da JMJ que percorrerão todas as dioceses do Estado de São Paulo, seguindo para todo o país até chegar à capital fluminense em julho de 2013.

Dom Odilo afirmou que o anúncio da sede da próxima JMJ trouxe muita alegria á Igreja no Brasil e também trouxe a missão de preparar a Jornada Mundial da Juventude de 2013.
Para marcar a acolhida da cruz e do ícone no Brasil, está sendo organizado um grande evento de evangelização intitulado “Bote Fé”, que acontece das 9h às 21h, no Parque de Materiais da Aeronáutica (PAMA), próximo ao Campo de Marte, com shows, reflexões sobre a jornada e testemunhos de peregrinos que foram à Madri.

O cardeal Scherer lembrou que a cruz da JMJ foi entregue pelo Papa João Paulo II, idealizador da Jornada Mundial da Juventude. “A cruz é sempre um indicativo de Jesus Cristo para convocar os jovens a se encontrarem com Cristo”, explicou. Da mesma forma o ícone de Nossa Senhora indica a presença materna da Mãe de Jesus junto aos seguidores de Cristo. “Onde está Jesus, está a sua mãe. Onde Está a Igreja, que é a comunidade dos discípulos, ali está a mãe do Senhor, a mãe dos discípulos”.

Por isso, explicou dom Odilo, ao serem acolhidos nas dioceses, os dois símbolos ajudarão o povo dessas localidades a tomar consciência da jornada que está sendo preparada.
O presidente do Sul 1 também explicou que pelo fato de o Brasil ser um país muito grande, a cruz e o ícone chegarão já neste ano, quando o costume é que esses símbolos comecem a peregrinar pelo país sede da JMJ a partir do domingo de Ramos do ano que antecede o evento. “Para percorrer as 275 dioceses do Brasil é preciso muito tempo”, explicou.

Dom Tarcísio explicou que as 41 dioceses que compõem o Regional Sul 1 da CNBB estão se organizando para acolher a cruz e o ícone. Ele informou, ainda que em cada uma dos sub-regionais acontecerão eventos comuns, também intitulados de “Bote Fé”. Cada diocese irá elaborar um itinerário interno para que os símbolos peregrinos da JMJ se façam presentes nas diversas realidades de cada local, como escolas, cárceres, etc. “Para nós cristãos, (a peregrinação da cruz) significa celebrar também que a redenção de Jesus Cristo continua acontecendo nos locais de sofrimentos de nossas cidades”.

Depois de percorrerem o Estado de São Paulo, a cruz e o ícone seguem para Minas Gerais em seguida para os demais estados. Também está prevista a peregrinação dos símbolos pelas capitais dos países do Cone Sul – Buenos Aires (Argentina), Assunção (Paraguai), Santiago (Chile), Montevidéu (Uruguai). Em breve a CNBB divulgará o itinerário oficial da cruz, bem como as demais edições do “Bote Fé” previstas para acontecer nos 17 regionais da conferência.

Os bispos reafirmaram que a realização das atividades da JMJ, a começar pela peregrinação da cruz e do ícone, é uma oportunidade para reafirmar a preocupação da Igreja com a evangelização da juventude e no protagonismo dos jovens na sociedade.

 ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

domingo, 28 de agosto de 2011

Arcebispo de Madrid faz um balanço da Jornada Mundial da Juventude


Ainda embalados pelo clima da Jornada Mundial da Juventude de Madri, o arcebispo anfitrião, cardeal Antônio Maria Rouco Varela, fez um balanço do evento.

“Um balanço pastoral, espiritual, apostólico e humano riquíssimo”, disse o cardeal, ressaltando o encontro dos jovens com Cristo. “Sim, o papa estava ali, mas quem estava presente era Deus. E o papa quis favorecer essa profunda relação pessoal com Cristo”, ressaltou.

O cardeal disse acreditar que esse encontro será um marco de grandes mudanças na vida de muitos jovens ali presentes. Sublinhou também a grande comunhão eclesial reforçada pelo evento, no qual as várias realidades da Igreja trabalharam juntas.

Dom Antônio Maria falou ainda sobre as fortes imagens da noite da Vigília de Oração, no aeroporto de Quatro Vientos, acometida por uma tempestade de 20 minutos que não intimidou nem o papa nem os jovens. Ressaltou o momento da adoração eucarística: “o silêncio imenso daquela multidão infinita, concluída com uma demonstração de grande alegria originada diretamente do coração”.

“Sim, a alegria dos jovens foi esplêndida”, enfatizou o cardeal, que concluiu: “foi um testemunho do Evangelho, um testemunho de que a vida pode ser vivida com alegria mesmo nas situações difíceis”.

sábado, 27 de agosto de 2011

Logo e Hino da JMJ Rio 2013 serão definidos em concurso

A preparação para a JMJ Rio 2013 já começou. Segundo Dom Orani, arcebispo do Rio de Janeiro, “faltam pouco mais de 700 dias” para esse grande evento, que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho. Antes da chegada da Cruz dos Jovens, no dia 18 de setembro, em São Paulo, já foram agendados diversos encontros. A partir da próxima semana, acontecerão reuniões com a equipe que participou da Jornada, com o Pontifício Conselho dos Leigos do Setor da Juventude e com a Comissão de Madri, que virá ao Rio para trocar experiências.

"Diversos passos já foram dados e, em breve, o site da JMJ Rio 2013 já estará em pleno funcionamento. As comissões já estão sendo desenvolvidas e esperamos que, até o final do ano, tudo esteja organizado, para que possamos finalizar a escolha dos locais e de toda a programação da Jornada."

Dom Orani também destacou a necessidade da hospedagem solidária, que acontece nas casas dos católicos, e do trabalho voluntário dos jovens.

"Diversas pessoas já enviaram mensagens demonstrando o desejo de ajudar na Jornada. E isso é muito bom. Em Madri, foram cerca de 26 mil voluntários, sendo 16 mil espanhóis", afirmou.

Segundo o assessor arquidiocesano para eventos de massa, Padre Omar Raposo, os jovens voluntários da Jornada também estarão capacitados para ajudar nos eventos esportivos que acontecerão em 2014 e 2016.

"O voluntariado também será um grande legado para a nossa cidade", celebrou o sacerdote, que participou junto com Dom Orani e com o jovem voluntário da JMJ, Gustavo Ribeiro, do programa ‘Tribuna Independente’, da Rede Vida, no dia 24 de agosto.

O Padre Omar afirmou que a equipe executiva da Jornada já está formada, com padres e leigos. E que essas equipes devem ser preenchidas com o voluntariado. Ele informou que todos os que desejarem participar de uma maneira positiva, doando o tempo para servir à Igreja, poderão se inscrever na Arquidiocese.

Dom Orani revelou que o 7º andar da sede da Arquidiocese já está sendo preparado para acolher as pessoas que vão participar como voluntárias da JMJ Rio 2013.

"Lembro também que a logomarca e o hino da Jornada serão escolhidos através de um concurso nacional e que todas as orientações serão divulgadas em breve. Os interessados devem começar a pensar sobre o tema e podem preparar as suas sugestões", incentivou o arcebispo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Encontro vocacional do Caminho Neocatecumenal em Madrid

Uns 150 mil jovens de mais de 100 países de todo o mundo reuniram-se em 22 de agosto, um dia depois do encerramento dos atos centrais da JMJ, em um encontro vocacional na Praça de Cibeles.

O encontro vocacional é uma celebração litúrgica e foi presidido pelo Cardeal Arcebispo de Madrid, acompanhado de 7 cardeais e mais de 70 bispos.

Desde 1984 os jovens neocatecumenais a cada Jornada participam de um encontro vocacional em que multidões de rapazes e moças mostram sua disponibilidade diante do chamado do Senhor para o sacerdócio ou a vida consagrada.

O Caminho Neocatecumenal concluiu a JMJ em Madrid com um encontro vocacional multitudinario na Praça de Cibeles, na última segunda 22 de agosto as 17h, horário de Madrid, um dia depois do regresso do Santo Padre a Roma. Os iniciadores desta realidade eclesial: Kiko Argüello, Carmen Hernández e o presbítero Mario Pezzi convocacaram os jovens neocatecumenais de todo o mundo a este encontro vocacional que recolhe os frutos imediatos da XXVI Jornada Mundial da Juventude. Os jovens são convidados a oferecer suas vidas pela Nova Evangelização de forma concreta no ministério sacerdotal e na vida consagrada para a China.

Esta iniciativa vem se realizando desde o ano 1989 através da IV JMJ celebrada em Santiago de Compostela. Nesta ocasião, uma orquestra formada por 170 jovens músicos do Caminho interpretou uma versão reduzida da sinfonia “O Sofrimento dos Inocentes” composta por Kiko Argüello e que já tem sido interpretada em lugares como Israel, Roma, París, Düsseldorf ou mesmo a Catedral de Madrid.

“Ide e fazei discípulos de todos os povos” é o tema da JMJ Rio 2013

O Papa Bento XVI anunciou hoje, quarta-feira, 24 de agosto de 2011, ao término da audiência geral realizada no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o tema escolhido para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 que será realizada no Rio de Janeiro. “Ide e façais discipulos em todas as nações!”, uma referência ao Evangelho de Mateus (28,19).

Já para a Jornada diocesana do próximo ano, o Pontífice deu como tema uma passagem da Carta aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor!” (4,4).

Durante o encontro com os fiéis e peregrinos no pátio interno do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o Santo Padre recordou com entusiasmo a JMJ em Madri e enfatizou que estes dias lhe trouxeram mais esperança quanto ao futuro da Igreja.

“Foi um evento eclesial emocionante; cerca de dois milhões de jovens de todos os continentes viveram, com alegria, uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de partilha e de crescimento na fé: uma verdadeira cascata de luz”, salientou durante a Catequese.

Bento XVI destacou que os jovens demonstraram o firme e sincero desejo de enraizar suas vidas em Cristo, permanecer firme na fé e caminhar junto na Igreja.

"Tenho em mente o entusiasmo irreprimível com o qual os jovens me receberam, no primeiro dia, na Praça de Cibeles, suas palavras cheias de expectativas, o forte desejo de se orientarem sobre a verdade mais profunda e de radicar-se nela, aquela verdade que Deus nos deu a conhecer em Cristo”, recordou o Papa.

Ao lembrar do encontro com as jovens religiosas no Mosteiro de El Escorial, o Pontífice disse que o que mais lhe chamou a atenção ali foi ver o entusiasmo delas, uma fé jovem, cheia de coragem em relação ao futuro e a vontade de servir a humanidade.

Aos jovens professores universitários, o Santo Padre recordou o que significa ser verdadeiros formadores das novas gerações, enfatizando que é preciso guiar-se na busca da verdade não só com as palavras, mas também com a vida, cientes de que a verdade é o próprio Cristo. “Encontrando Cristo, encontramos a verdade”, ressaltou.

CHAMADO DE DEUS

O Papa recordou também os momentos intensos na celebração da Via Sacra, onde uma multidão variada de jovens reviveu com intensa participação as cenas da paixão e morte de Cristo. “A cruz de Cristo dá muito mais do que o que é necessário, dá tudo, porque nos leva a Deus, salientou.

Na Missa na Catedral da Almudena, em Madrid, com os seminaristas, o Papa destacou o desejo para que cresçam as vocações para o sacerdócio e para a vida religiosa, lembrando que muitos jovens sentiram o chamado para essas vocações em Jornadas anteriores.

“Estou certo que, também em Madri, o Senhor bateu às portas dos corações de muitos jovens para que o sigam com generosidade no ministério sacerdotal ou na vida religiosa”, afirmou.

Outro momento emocionante para o Papa foi a visita a um unstituto que xuida de jovens com diversos tipos de deficiências físicas. Para ele, os voluntários que ali trabalham são testemunhas silenciosas do Evangelho da caridade e da vida.

MOMENTOS INTENSOS

Bento XVI recordou ainda a Vigília de Oração no Aeródromo Cuatro Vientos, onde nem a forte chuva e o vento puderam diminuir o entusiasmo dos jovens.

“Uma multidão de jovens em festa, nada intimidados pela chuva e pelo vento, permaneceu em adoração silenciosa a Cristo presente na Eucaristia, para louvá-lo, agradecê-lo, pedir a ele ajuda e luz”, lembrou o Papa.

Na Celebração Eucarística do domingo, 21, contou o Santo Padre, os jovens manifestaram a exuberância e a alegria de celebrar o Senhor na Palavra e na Eucaristia, para juntos sempre mais a Ele, reforçar sua fé e a vida cristã.

Para Bento XVI, o encontro de Madri foi uma estupenda manifestação de fé para a Espanha e para o mundo antes de tudo que trouxe aos jovens uma ocasião especial para refletir, dialogar, trocar experiências positivas e, sobretudo, rezar junto e renovar o empenho de radicar a própria vida em Cristo, amigo fiel.

“Estou certo que eles retornaram às suas casas e retornam com o firme propósito de ser fermento na massa, levando a esperança que nasce da fé. Da minha parte, continuo a acompanhá-los com a oração, para que permaneçam fiéis aos empenhos assumidos”, afirmou.

Papa impressionado com entusiasmo na JMJ

OS MOMENTOS MAIS EMOTIVOS: A VIGÍLIA E A MISSA EM QUATRO VIENTOS
 
“Entusiasmo” foi a palavra mais utilizada por Bento XVI hoje, na audiência geral realizada no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, ao se referir à experiência vivida na recente JMJ de Madri.
Como é habitual depois de uma viagem apostólica, o Papa dedicou o encontro desta quarta-feira com os peregrinos a falar sobre suas impressões da viagem, sublinhando os momentos que ele considerou mais importantes da JMJ.

O Pontífice descreveu os dias vividos em Madri como “uma verdadeira cascata de luz” e um “acontecimento eclesial emocionante”.

“Quase dois milhões de jovens de todos os continentes viveram, com alegria, uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de partilha e de crescimento na fé”, afirmou aos presentes.
Essesjovens, “com o desejo firme e sincero de arraigar suas vidas em Cristo, permanecer firmes na fé, caminhar juntos na Igreja”, são um “dom precioso, que dá esperança para o futuro da Igreja”, acrescentou o Papa.

Esta JMJ, sublinhou, foi “uma estupenda manifestação de fé para a Espanha e sobretudo para o mundo”.
“Para a multidão de jovens, procedentes de todos os cantos da terra, foi uma ocasião especial para refletir, dialogar, trocar experiências positivas e, acima de tudo, rezar juntos e renovar o compromisso de enraizar a própria vida em Cristo, Amigo fiel.”

“Tenho certeza de que voltaram às suas casas com o firme propósito de ser fermento na massa, levando a esperança que nasce da fé. Da minha parte, continuo acompanhando-os com a oração, para que permaneçam fiéis aos compromissos assumidos”, acrescentou.

ENTUSIASMO

O Pontífice falou do “entusiasmo incontido” com que foi recebido na Plaza de Cibeles, bem como do seu encontro com as jovens religiosas no mosteiro de El Escorial: “Ficaimpresso em mim o seu entusiasmo de uma fé jovem e cheia de coragem frente ao futuro, de vontade de servir assim a humanidade”.
Da via sacra, realizada na sexta-feira, novamente na Plaza de Cibeles, o Papa destacou a “intensa participação”dos jovens nas “cenas da paixão e morte de Cristo: a cruz de Cristo dá muito mais do que exige, dá tudo, porque nos conduz a Deus”.

Com relação ao encontro com os seminaristas em Almudena, o Papa mostrou sua confiança em que “cresçam as vocações ao sacerdócio”.

“Entre os presentes, havia alguns que ouviram o chamado do Senhor precisamente nas JMJ anteriores; tenho certeza de que também em Madri o Senhor chamou à porta do coração de muitos jovens, para que o sigam com generosidade no ministério sacerdotal ou na vida consagrada”, afirmou.
Os momentos que definiu como mais intensos foram a vigília de oração à noite e a grande Celebração Eucarística conclusiva, no dia seguinte.

“À noite, uma multidão de jovens em festa, de forma alguma atemorizados pela chuva e pelo vento, permaneceu em adoração silenciosa de Cristo presente na Eucaristia, para louvá-lo, dar-lhe graças, pedir ajuda e luz; e depois, no domingo, os jovens manifestaram sua exuberância e sua alegria de celebrar o Senhor na Palavra e na Eucaristia.”

“Em um clima de entusiasmo, encontrei os voluntários, a quem agradeci pela sua generosidade e, com a cerimônia de despedida, deixei o país, carregando no coração esses dias como um grande dom”, concluiu.

Castel Gandolfo, quarta-feira, 24 de agosto de 2011.

Show em São Paulo marca chegada da Cruz da JMJ

CRUZ E ÍCONE PEREGRINARÃO PELO PAÍS PARA PREPARAR VISITA DO PAPA EM 2013
 
Nesse domingo, em Madri (Espanha), no encerramento da Jornada Mundial da Juventude, os brasileiros receberam a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora das mãos dos jovens espanhóis. O Brasil sediará a próxima JMJ, no Rio de Janeiro, em 2013.

A Cruz, de madeira e com pouco mais de 3,5 metros de altura, foi dada aos jovens pelo Papa João Paulo II em 1984 e, desde 1994, peregrina nos países que recebem a JMJ um ano antes do evento.

Como o Brasil é um país continental, e para que seja possível que os símbolos da Jornada passem por todas as cidades do país, tanto a Cruz quanto o Ícone de Nossa Senhora chegam ao Brasil já no próximo dia 18 de setembro de 2011, em um grande evento promovido pela Arquidiocese de São Paulo.

Segundo informa o departamento de imprensa da arquidiocese, a acolhida da Cruz no país acontecerá na região do Campo de Marte, com shows, testemunhos e reflexões das 9h às 21h.

Às 16h, chegam ao local, em carro do Corpo de Bombeiros, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora. Logo em seguida, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, preside à Missa.

Entre os nomes já confirmados para o evento estão os de padres consagrados como Juarez de Castro, Fábio de Melo e Reginaldo Manzotti.

O evento contará, ainda, com a presença de bandas católicas que mobilizam grande número de jovens, como Rosa de Saron, Dominus e Vida Reluz. A expectativa inicial de público é de 80 mil pessoas.

Este será o primeiro evento para preparar a visita que o Papa Bento XVI fará ao Brasil em 2013.

Após o show no Campo de Marte, Cruz e Ícone seguem em carreata, ainda na noite do dia 18/9, para a Catedral da Sé. De lá, percorreram igrejas da cidade.

ESPECIAL

O 18 de setembro será um dia especial para os jovens de São Paulo. Intitulado “Bote Fé”, este evento de acolhida da Cruz Peregrina quer reforçar entre os católicos a importância da evangelização da juventude.

Todas as paróquias da arquidiocese de São Paulo e das dioceses vizinhas são convidadas a manifestar que “botam fé” na juventude brasileira, durante o evento que realizado na região do Campo de Marte, zona norte da capital.

Trata-se de um momento privilegiado da evangelização da juventude no Brasil, confirmado pelo recorde de participação brasileira na JMJ de Madri (mais de 13 mil inscritos).

A campanha “Bote Fé” também tem o objetivo da dar continuidade à graça que a juventude brasileira viveu na JMJ, quando os jovens foram enviados pelo Papa Bento XVI para anunciara boa nova em seus países.

De acordo com Dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar de São Paulo e referencial do Setor Juventude da Arquidiocese, o “Bote Fé” “é uma convocação para os jovens, de modo especial, 'botarem fé em Cristo', acreditarem nele, se firmarem em Cristo, como base de sua fé”.


“Mas também é uma convocação para toda Igreja a uma atividade missionária para animar as comunidades, melhorar a autoestima, acreditar realmente que Cristo ressuscitou, que Cristo é a vida”, disse.

São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011.

JMJ do Rio de Janeiro fortalecerá Igreja

Evento também movimentará a economia e incentivará o turismo

A Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, em 2013, evento que reúne jovens católicos do mundo inteiro, trará não apenas o Papa Bento XVI ao Brasil pela segunda vez, mas também deixará um legado importante para a cidade.

“A emoção é total em saber que o Rio foi privilegiado por mais um grande evento, estamos em festa. O Papa e os milhões de jovens das diversas partes do mundo serão muito bem vindos”, afirmou o padre Omar Raposo de Souza, assessor arquidiocesano para eventos de massa, segundo informa a arquidiocese do Rio.

“Nós vamos preparar a cidade, as Igrejas, as famílias e os corações, para que possamos receber a todos, como o Cristo Redentor, de braços abertos. Teremos a oportunidade de viver um momento maravilhoso de fé, cultura e alegria”, disse.

O sacerdote, que conduziu no Rio de Janeiro a vigília JMJ Madri Rio, entre os dias 20 e 21 de agosto, no Maracanãzinho, também ressaltou de que forma uma Jornada beneficia a cidade sede.

“Assim como os eventos esportivos agregam valores e um possível legado para a cidade do Rio, sem dúvida nenhuma, a vinda do Papa não deixará somente um legado espiritual, mas também um legado material. As paróquias estarão mais organizadas e aumentará também a visibilidade das ações culturais e sociais da Igreja”, afirmou.

O sacerdote citou o exemplo de Sidney, que acolheu a JMJ de 2008 e após o evento viveu um fortalecimento da Igreja Católica.

“Isso vai acontecer no Brasil também. Essa mobilização mostrará a cara da juventude católica brasileira. A jornada é um convite ao amadurecimento da capacidade de ser jovem e da capacidade de se articular como jovem católico no mundo em que vivemos hoje”, disse.

Segundo o sacerdote, a comunidade católica e as autoridades do Rio de Janeiro estão vivendo um momento de grande expectativa pelo número de visitantes que a JMJ trará para a cidade, movimentando a economia carioca e incentivando o turismo na cidade.

“Nós esperamos bater o recorde de todas as jornadas. O Rio de Janeiro tem condições de receber um evento como esse por ser uma cidade turística que muitas pessoas sonham conhecer, além da boa localização, no centro da América do Sul, fato que vai facilitar muito a presença das pessoas.”

“A Jornada, assim como todo grande evento, gera uma economia para a cidade, uma participação intensa do Estado, do comércio local, do empresariado. E vai ser mais uma oportunidade para divulgar a cidade do Rio de Janeiro como destino não somente para o turismo de entretenimento como também para o turismo religioso”, considera o sacerdote.

Imprensa concorda: viagem do Papa foi “festa de fé”

JORNAIS ESPANHÓIS E ESTRANGEIROS MUDAM OPINIÃO INICIAL 
 
Entre os jornais espanhóis que mais criticaram, em dias passados, a visita de Bento XVI à Espanha, encontra-se El País. Mas, nesta segunda-feira, o mesmo jornal publicou um editorial no qual qualificava a terceira visita do Pontífice a esta nação como “um êxito de participação, como poucas vezes pôde ser visto”.

O veículo de comunicação espanhol ratifica suas diferenças com as posições da Igreja em questões morais, mas reconhece que Bento XVI realizou uma autêntica “visita pastoral”.

E se este é o balanço de um dos jornais mais críticos com a Igreja na Espanha, a grande maioria sublinhou não somente a participação massiva (os jornais mais tímidos falam de 1,5 milhão de pessoas, enquanto outros registram 2 milhões), mas sobretudo a qualidade, descrita em geral com a fórmula “festa de fé”.

El Mundo, outro dos jornais de maior tiragem, começou o artigo de balanço final, assinado por José Manuel Vidal, com estas palavras: “Uma viagem redonda, um êxito sem paliativos o de Bento XVI e do cardeal Rouco na JMJ de Madri 2011”.

Andrea Tornielli, correspondente de La Stampa de Turim, lamenta, no Vatican Insider que, durante dias, os jornais tenham dado mais espaço aos “dois mil indignados” que protestaram contra a visita papal que aos dois milhões de participantes do evento.

Andrew Brown, de The Guardian, publicou um artigo, em 18 de agosto, no qual reconhecia que, “se eu fosse católico, estaria bastante irritado com a BBC”, que dedicou seus serviços aos protestos de poucas pessoas, sem nem sequer falar da JMJ.

Um título do site do histórico jornal espanhol ABC sintetiza o evento presidido pelo Papa em Cuatro Vientos: “Dois milhões de orações”. Por outro lado, La Razón se refere a este encontro com a manchete “Apóstolos para o século 21”.

Giovani Maria Vian, diretor do jornal vaticano L'Osservatore Romano, vê aspectos semelhantes entre esta visita e a viagem que Bento XVI realizou ao Reino Unido (16-19 de setembro de 2010).

Aquela peregrinação também foi “precedida por uma série de artigos prejudiciais e negativos, que depois deram lugar a um consenso quase unânime – e é um mérito indiscutível de muitos meios informativos britânicos o fato de terem sabido mudar de opinião –, ao sublinhar a transparente humildade do Papa e sua capacidade gentil para dirigir-se a todos, dando-se a entender não somente aos fiéis católicos”.

SURPRESA INTERNACIONAL


O dia que arrancou mais manchetes da imprensa internacional foi a acidentada vigília em Cuatro Vientos, que até aquele momento havia dado espaço às manifestações de cunho laicista convocadas em Madri, frente aos atos multitudinários realizados em toda a cidade.

“Não poderia ter sido melhor”, afirmava um comentarista da RAI; o Papa foi “aclamado por um oceano de peregrinos”, segundo Le Monde. O New York Times admitia que se tratava de “uma reunião sem precedentes”, que ia “muito além de Sydney”. El Universal afirmava que o Papa havia “superado os prognósticos”.

Entre os cerca de 4.700 profissionais do mundo da informação, como refere Inma Álvarez, a editora-chefe de ZENIT que coordenou a cobertura desta visita, “acho que é preciso destacar que o mais lhes chamou a atenção foi a atitude dos jovens”.

“Não somente diante das dificuldades da chuva e do sol, mas também diante das manifestações contrárias. Os informadores ficaram impactados pela festa que havia nas ruas, pelo civismo e pela correção, pela ausência de incidentes e pela atitude positiva daqueles que não puderam entrar em Cuatro Vientos pela falta de espaço”, acrescenta.


Giovanni Maria Vian termina considerando que esta JMJ foram “um êxito reconhecido pelos meios de comunicação, sobretudo espanhóis”.

“Por mérito dos protagonistas, sobretudo, isto é, de Bento XVI e da sua juventude, depois naturalmente dos organizadores, e last but not least, da Espanha: do rei Juan Carlos, com a família real, do governo e das diferentes autoridades”, conclui o diretor do L'Osservatore Romano.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

JMJ Rio será um grande evento para o Brasil, dizem autoridades

O anúncio feito pelo Papa Bento XVI de que a 27ª Jornada Mundial da Juventude acontecerá na cidade do Rio de Janeiro foi recebido com grande entusiasmo também pela prefeitura e pelos governos estaduais e federais, que garantiram a colaboração em tudo que lhes for solicitado.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, esteve em Madri para acompanhar o anúncio oficial e esclarece que a prefeitura trabalhará seguindo as orientações da Igreja representada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Eduardo Paes ressaltou também que este é mais um importante evento no qual a cidade se orgulha em sediar.

“O espírito fraterno, carinhoso, do povo carioca vai confraternizar com a juventude católica do mundo inteiro. Tenho certeza que os cristãos de outras religiões, os não cristãos e os ateus estarão juntos para receber esses jovens. É um evento que está acima de qualquer religião, um evento com uma carga emocional muito forte e com uma grande repercussão para o mundo”, destacou o prefeito do Rio de Janeiro.

Com a mesma felicidade que o Brasil recebeu a notícia que sediaria a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016, o estado recebeu a notícia JMJ 2013, salienta o governador do Rio, Sérgio Cabral.

“Em 2013, a capital fluminense será tomada por jovens católicos do mundo todo. O Rio é uma cidade abençoada por Deus. A cidade toda é um templo de Deus com a imagem do Cristo Redentor abençoando-a lá de cima”, enfatiza Sérgio Cabral.

MAIS VALORES PARA A JUVENTUDE BRASILEIRA

Para o representante do governo federal, Gilberto Carvalho, a JMJ será um importante evento num momento que a juventude brasileira precisa tanto cultivar bons valores, como a esperança e a cidadania. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República destaca ainda as grandes ameaças que a juventude está vivendo, como as drogas e a violência.

“É mesmo uma graça de Deus para nós. Um presente. E nós queremos colocar todo empenho do governo brasileiro para que realizemos este grande evento. Toda a preparação deste evento será um momento de graça para cultivar esses valores para a juventude”, salienta Gilberto Carvalho.

DOIS ANOS DE MUITO TRABALHO

“Daqui pra frente começa nossa tarefa de preparar bem essa jornada para que ela seja marcante para o Brasil e para mundo. O Brasil tem muito a oferecer ao mundo: nossa cultura, religiosidade, nossa maneira de ser... Coisas que marcaram a JMJ 2013”, destaca o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.

Cruz da JMJ peregrinará pelo Brasil

A Cruz que acompanha todas as edições da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegará, no Brasil, no dia 18 de setembro deste ano.

A chegada será em São Paulo e dali a cruz peregrinará por todo o país. Em cada parada serão realizadas pré-jornadas que prepararão os jovens e toda a Igreja para o grande evento com o Papa em 2013.

“Será um tempo de preparação para a JMJ 2013, de renovação da fé. A passagem da cruz será uma ocasião para rever elementos fundamentais do mistério da cruz, pontos fundamentais da nossa fé e do nosso Catecismo”, destaca o Bispo da Diocese de Caraguatatuba (SP), Dom Antônio Carlos Altieri .

Mas o conteúdo de formação destas pré-jornadas, explica Dom Altieri, serão preparadas por cada bispo junto aos párocos de suas dioceses.

“Será um tempo fecundo de preparação. Será um marco para a Igreja no Brasil”, acredita o bispo salesiano.

Todos são convidados para receber a cruz em São Paulo. Depois ela deverá seguir para o sul do país, em seguida para o sudeste, centro-oeste, norte e nordeste. Ao voltar para o Vale do Paraíba, em São Paulo, a cruz deverá passar por Aparecida e pela sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista, antes de, finalmente, ir para o Rio de Janeiro.

Dom Altieri explica que a cruz é um símbolo da redenção para a fé cristã, assim, a passagem da cruz será um momento de abraçá-la verdadeiramente, por amor.

“Esta será uma oportunidade para que entendamos o que é ser cristão, o que é dar a vida pelos amigos e inimigos por amor, não por imposição, sem arrastar isso como se não tivesse outra opção, mas na alegria de quem vê o futuro desse sacrifício”, enfatiza.

Os falsos ídolos da atualidade mostram para os jovens e para a sociedade que a felicidade é encontrada na satisfação de prazeres que são momentâneos. Desda forma, para o bispo salesiano, a passagem da cruz, mostrará que é possível viver no mundo de outra forma.

“A JMJ 2013 terá uma repercussão para toda a Igreja. É um evento que vai mexer com toda nossa estrutura eclesial. Faremos o melhor para que ela dê frutos duradouros. A Igreja no Brasil será marcada por antes e depois da JMJ Rio”, salienta o bispo.

CONFIANÇA NOS JOVENS

A JMJ de Madrid teve um recorde de participação de brasileiros. Foram cerca de 15 mil jovens e 60 bispos, o que demonstra, segundo Dom Altieri, também a preocupação de Igreja no Brasil com os jovens.

O Papa João Paulo II foi o primeiro a compreender os anseios da juventude que respondeu prontamente o seu pedido. No momento de sua morte, eram os jovens que cantavam e gritavam seu nome da Praça São Pedro. “Eu agradeço vocês, jovens, eu fui até vocês. Vocês me ouviram, me compreenderam e agora vêm a mim”, foi uma das últimas frases de Papa polonês.

O agora Beato João Paulo II é o patrono da JMJ, uma bela herança deixada por ele ao seu sucessor, Bento XVI. Com o mesmo amor que recebiam João Paulo II, os jovens recebem Bento XVI, na certeza que ele é o grande pastor da Igreja.

Com confiança nos jovens, o Papa se despediu de Madri, aguardando o próximo grande encontro com os jovens, no Rio de Janeiro.

“Os jovens sempre respondem com prontidão quando se lhes propõe, com sinceridade e verdade, o encontro com Jesus Cristo, único Redentor da humanidade”, disse Bento XVI.

Bento XVI volta para Roma após o final da JMJ

O papa Bento XVI retornou neste domingo a Roma, procedente de Madrid, após concluir sua viagem de quatro dias à capital da Espanha por ocasião da XXVI Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O avião que levou o papa, um Airbus A321 da companhia espanhola Iberia batizado com o nome de "Villa de Uncastillo", aterrissou no aeroporto de Ciampino às 16h20 (horário de Brasília), após percorrer os 1.348 km que separam Madri da capital italiana.

A aeronave sobrevoou o espaço aéreo espanhol escoltado por dois caças-bom
bardeiros da Força Aérea da Espanha. A embaixadora da Espanha junto à Santa Sé, María Jesús Figa López-Palop, e vários diretores da Iberia acompanharam o papa no voo.

Do aeroporto de Ciampino, Bento XVI seguiu para a casa de veraneio de Castelgandolfo, na região conhecida como Castelli Romani. Em 11 de setembro, o papa vai para Ancona, no litoral adriático italiano, para encerrar o Congresso Eucarístico Nacional e de 22 a 25 de setembro vai para Alemanha.

domingo, 21 de agosto de 2011

Bento XVI espera ir à próxima JMJ em 2013

RIO DE JANEIRO É A SEDE DO PRÓXIMO ENCONTRO

Uma enorme ovação dos jovens brasileiros presentes em Cuatro Vientos acolheu o anúncio oficial com que Bento XVI declarou que a próxima Jornada Mundial da Juventude será realizada em seu país, em 2013.

O Papa, que para esse então terá 86 anos, falando em português, disse-lhes: “Espero poder encontrar-vos daqui a dois anos, na próxima Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro”.

Os jovens brasileiros pularam de alegria ao ouvir as palavras do Santo Padre.

Ao fazer o anúncio oficial, o Bispo de Roma confessou as esperanças que deposita nesse encontro: “Peçamos ao Senhor, desde já, que assista com a sua força quantos hão-de pô-la em marcha e aplane o caminho aos jovens do mundo inteiro para que possam voltar a reunir-se com o Papa naquela bonita cidade brasileira”.
Simbolicamente, os jovens espanhóis entregaram aos brasileiros a Cruz da JMJ.

Bento XVI e o ex-presidente Lula, durante a
primeira visita do pontífice ao Brasil em 2007.
Comentando este gesto, o pontífice confiou “a todos os presentes esta insigne incumbência: levai o conhecimento e o amor de Cristo ao mundo inteiro. Ele quer que sejais os seus apóstolos no século XXI e os mensageiros da sua alegria. Não o desiludais!”.

O Rio de Janeiro, cidade emblemática do país com o maior número de católicos do mundo, é sede neste encontro que, em 11 ocasiões, o Papa presidiu fora do Vaticano.

As edições anteriores aconteceram em Buenos Aires (Argentina), Santiago de Compostela (Espanha), Czestochowa (Polônia), Denver (Estados Unidos), Manila (Filipinas), Paris (França), Roma (Itália), Toronto (Canadá), Colônia (Alemanha) e Sydney (Austrália).

Após Buenos Aires, em 1987, a cidade brasileira será a segunda da América do Sul a realizar o encontro internacional. Cerca de 20 milhões de jovens já participaram das JMJ ocorridas até hoje.

As JMJ nasceram em 1984, por iniciativa do Papa João Paulo II. A primeira foi em Roma, no Domingo de Ramos desse ano, dentro das celebrações setoriais do Ano Santo Jubilar da Redenção (1983-1984).

Papa expressa sua alegria pela JMJ

DIZ QUE SE SENTIU MUITO BEM NA ESPANHA

Bento XVI assegurou que se sentiu “muito bem na Espanha”, em seu discurso durante a cerimônia de despedida no aeroporto de Barajas, pouco antes de embarcar para Roma.

O pontífice chegou em carro fechado ao aeroporto, onde o esperavam os reis da Espanha, Carlos e Sofia, que também tinham participado da cerimônia de boas-vindas. Estavam presentes também representantes do governo espanhol.

Bento XVI estava sorridente e não demonstrava sinais de cansaço excessivo, apesar da maratona de atos públicos e das poucas horas de sono que teve nesses últimos dias.

Em suas palavras de despedida, o Papa disse que os jovens respondem com diligência quando lhes é proposto com sinceridade e verdade o encontro com Jesus Cristo, “único redentor da humanidade”.

“A festa da fé que compartilhamos permite-nos olhar em frente com muita confiança na Providência, que guia a Igreja pelos mares da história”, destacou.

A Igreja – sublinhou – “permanece jovem e cheia de vitalidade, mesmo enfrentando árduas situações. Isto é obra do Espírito Santo, que torna presente Jesus Cristo nos corações de jovens de cada época e, deste modo, lhe mostra a grandeza da vocação divina de todo o ser humano”.

Cristo – prosseguiu o Papa – “derruba os muros e franqueia as fronteiras que o pecado levanta entre os povos e as gerações, para fazer de todos os homens uma só família que se reconhece unida no único Pai comum, e que cultiva com o seu trabalho e respeito tudo o que Ele nos deu na criação”.

Crianças vestidas de guardas suíços encontravam-se na primeira fila da pista do aeroporto, escutando as palavras do Papa.

Os jovens presentes na cerimônia ecoavam o grito que mais se ouviu nesta JMJ: “Esta é a juventude do Papa”.

Madrid, domingo, 21 de agosto de 2011

Dom Orani: JMJ é oportunidade de revigorar a fé

Expectativa, responsabilidade e confiança: assim o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, recebeu o anúncio de que a arquidiocese da qual é pastor vai sediar a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2013. Em entrevista, ele destacou que o evento é uma oportunidade para revigorar a Fé do povo e para manifestar as raízes cristãs da América Latina.

Confira a seguir:

Como o senhor recebe o anúncio da escolha do Rio de Janeiro como sede da próxima Jornada?

Dom Orani: Recebo com a grande expectativa de podermos cumprir bem nossa missão, com a grande responsabilidade de fazê-la bem e ao mesmo tempo confiando na graça de Deus de poder conduzi-la para que seja um bem para o Rio, para o Brasil e para o mundo.

Que frutos podemos esperar com o trabalho de preparação da Jornada?

Dom Orani: No trabalho de uma jornada, há um momento que antecede, com a Cruz que visita todas as dioceses, há todo o trabalho de aprofundamento do tema. Acho que todos os preparativos ajudarão muito a nos abrirmos ainda mais ao outro, a acolhermos o diferente e aprendermos com os que vêm de longe a viver a nossa fé; e tenho certeza que os que vêm de longe também irão conhecer um pouco o jeito de ser católico do nosso povo brasileiro.

A Jornada Mundial da Juventude também vai ser um marco para a America Latina e vai movimentá-la em torno do Brasil. Como o senhor vê isso?

Dom Orani: O Papa Bento XVI está chamando a atenção do mundo para as raízes cristãs da Europa. A América Latina tem muito fortes suas raízes cristãs, que estão se perdendo pouco a pouco devido à falsa compreensão de o que é um país laico; às idéias que vão aparecendo com a crise dos valores. Creio que este momento é de vivermos nossa vocação de um país que tem raízes cristãs e de podermos manifestar isso seja através daquilo que vai acontecer na Jornada, seja também com a vinda do Papa; e de reafirmarmos tudo aquilo que acreditamos que ajude o mundo, o Brasil, a cidade a caminhar cada vez melhor.

O senhor já pode antecipar alguma coisa a respeito da preparação do Rio de Janeiro para a JMJ?

Dom Orani: Ainda está sendo tudo elaborado. No primeiro momento, vai acontecer o lançamento do site da Jornada em sua primeira versão, e depois disso teremos que organizar várias equipes, que começarão os seus trabalhos.

A cidade já está se preparando para eventos como a Copa do mundo e as olimpíadas. Isso favorece a Jornada?

Dom Orani: A Jornada aconteceria mesmo sem essas estruturas, porque ela acontece na cidade como ela é. Mas não há dúvida de que os preparativos para a Copa e as Olimpíadas ajudarão também no receptivo, nos aeroportos, na locomoção dentro da cidade.

O senhor pode destacar alguns pontos em que, de forma geral, a vinda do Papa pode renovar na vida do carioca?

Dom Orani: Toda oportunidade é bem-vinda para renovar a vida de todos nós. Também para o povo que vive na cidade do Rio de Janeiro, é uma oportunidade de revigorar a fé, a participação, e principalmente de mostrar o rosto jovem da Igreja do Rio de Janeiro.

Papa se encontra com voluntários da JMJ Madrid

Após o almoço na Nunciatura com todos os cardeais espanhóis e os membros de sua comitiva, o papa foi até a Nova Feira de Madri, um moderno complexo de 12 pavilhões que recebem por ano cerca de 80 eventos congressuais. Dentro de um destes edifícios, 12 mil voluntários que trabalharam na JMJ aguardavam o pontífice. Em seguida, foi a vez de dois voluntários saudarem o pontífice. Um deles foi a brasileira Giselle Azevedo, de 28 anos, do Rio de Janeiro.

Ela disse ter participado também da Jornada de Colônia, e o que mais lhe impressionou nestas experiências foi o silêncio e o entusiasmo dos jovens ao ouvir as palavras do papa. Ela se disse uma “missionária”, comprometida em levar Deus aonde Ele não está e a evangelizar com valentia. Depois, agradeceu Bento XVI pela escolha do Rio para a 27 edição da Jornada:

“Santo Padre, muito obrigada por ter escolhido Brasil para a celebração da próxima Jornada Mundial da Juventude. Nós, jovens brasileiros, estamos muito felizes por acolher todos os jovens em nosso país. A alegria e a religiosidade próprias do nosso povo serão fortalecida
s e animadas por esta grande festa da fé. Desde já, conte com as nossas orações, lhe colocamos sob a proteção amorosa de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Querido Santo Padre, é com muita alegria que os brasileiros lhe esperam para a Jornada Mundial da Juventude 2013 no Brasil!”

O papa então retribuiu com um breve d
iscurso de agradecimento a todos os voluntários pelo empenho em dedicar aos jovens peregrinos acolhimento e ajuda.

Bento XVI observou: “Estivestes atentos não só aos peregrinos mas também ao Papa. Em todos os momentos em que participei, lá vos encontrei: uns visive
lmente e outros em segundo plano, possibilitando a ordem que se requeria para tudo correr pelo melhor”.

“Tenho a certeza de que esta experiência como voluntário vos enriqueceu a todos na vossa vida cristã, que é fundamentalmente um serviço de amor. O Senhor transformará a vossa fadiga acumulada, as preocupações e a pressão de muitos momentos, em frutos de virtudes cristãs: paciência, mansidão, alegria de se dar aos outros, disponibilidade para cumprir a vontade de Deus. Amar é servir, e o serviço aumenta o amor”.

“Agora, ao voltardes para a vossa vida de todos os dias, animo-vos a guardardes no vosso coração esta experiência feliz e a crescerdes cada vez mais na entrega de vós mesmos a Deus e aos homens.E a vossa vida alcançará uma plenitude que nem suspeitais".

“É isto mesmo que vos pede o Papa agora na despedida: que respondais com amor a Quem por amor Se entregou por vós. De novo obrigado, e que Deus sempre vos acompanhe!”.

Em Madrid, bispos brasileiros falam sobre a JMJ no Rio

O presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis; o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, e o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB e bispo auxiliar de Campo Grande (MS), dom Eduardo Pinheiro, deram uma coletiva de imprensa, no início da noite, para falar da Jornada Mundial da Juventude de 2013 (JMJ), no Rio. A coletiva foi no Centro de imprensa da JMJ de Madrid, na região central da capital espanhola, que acolheu a 26ª JMJ encerrada hoje pelo papa Bento XVI.

O arcebispo do Rio agradeceu ao papa pela escolha do Rio de Janeiro para sediar a 27ª Jornada da Juventude. Ele classificou a responsabilidade como “um grande desafio” e explicou que entrará em contato brevemente com o Pontifício Conselho para os Leigos e responsáveis pela organização da Jornada de Madri a fim de iniciar a preparação da próxima, no Rio.

Dom Orani disse, ainda, que a Jornada será no fim do mês de julho e que, a partir de agora, aguarda o anúncio, pelo papa, do tema do próximo encontro mundial dos jovens. Ele lembrou que, em 2013, a Igreja no Brasil realizará a Campanha da Fraternidade sobre a Juventude.

O presidente da CNBB destacou a organização da Igreja da América Latina, através do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), e falou em trabalhar em conjunto para ter o maior número possível de jovens do continente. na Jornada “Vamos trabalhar como Conferência em união com Celam para que colabore na organização da Jornada, assim se reúne muito mais gente e muito mais países”, disse.

Dom Damasceno acredita que o trabalho deverá ser mais intenso uma vez que a Jornada foi antecipada em um ano por causa da Copa do Mundo que o Brasil sedia em 2014. “Teremos um ano a menos para preparar a Jornada, isso significa um trabalho mais intenso porque não temos tempo a perder”.

O cardeal ressaltou, ainda, que a América Latina é o continente com maior número de católicos, 47%, e avaliou que a jornada “trará muitos frutos, não só para os jovens no Brasil, mas para toda a América Latina”.

O presidente da Comissão para a Juventude qualificou como “um momento muito especial para a Igreja no Brasil’ a escolha do Rio de Janeiro para receber a próxima JMJ. “A Jornada no Rio mostrará uma Igreja viva, criativa, em parte por causa dos jovens”, disse. “A juventude brasileira, com sua criatividade, fará com que tenhamos uma bonita Jornada para todo o mundo”.

PARCERIAS

Os bispos não arriscaram a dizer quantos jovens a Jornada no Rio poderá reunir. Adiantaram, por outro lado, que da parte do Governo brasileiro, em suas três esferas (Federal, Estadual e Prefeitura), há muita disposição para acolher o evento, o maior do mundo para juventude católica.

Dom Eduardo explicou que a CNBB fará um projeto amplo considerando o antes, o durante e o depois da Jornada. “O projeto terá uma direção missionária com a pré-jornada, que deverá consistir numa semana missionária, e a peregrinação da cruz, que deverá ser acolhida pelas dioceses com espírito missionário”, esclareceu.O bispo disse, ainda, que haverá também um trabalho no campo social e com dependentes químicos.

Esta será a segunda Jornada sediada por um pais da América do Sul. A primeira foi em 1987, em Buenos Aires, Argentina. Os bispos ressaltaram que a Jornada no Rio encontrará uma América Latina mudada. Para dom Damasceno, apesar das melhoras, a realidade ainda é de concentração de riquezas e aumento de miséria. “A globalização trouxe como conseqüência a uniformização da cultura e se perde a identidade cultural”, disse o cardeal.

Dom Eduardo, por sua vez, destacou a presença e a influência dos meios de comunicação na vida dos jovens. “Vivemos o desafio grande de ajudar os jovens nesta cultura midiática”, observou. Para ele, no entanto, “2013 será o ano da juventude no Brasil”, concluiu dom Eduardo.